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Veneza é o ponto de partida para explorarmos o Vêneto. Da milenar Piazza San Marco, famosa por dar vida ao mais tradicional carnaval do mundo, percorremos um labirinto de estreitas ruas, cruzando canais com gondoleiros e monumentos ao ar livre. A capital do Vêneto retrata a intensidade desta região, que atualmente é a maior produtora de vinho da Itália e berço de alguns de seus mais conhecidos rótulos, como Amarone, Prosecco, Soave e Valpolicella.
Rumo a Verona, cidade eternizada por Shakespeare em sua obra “Romeu e Julieta”, encontramos um dos mais importantes eixos produtores região. Embora a maior parte dos tintos daqui venha das uvas nativas Corvina, Corvinone, Rondinella e Molinara, alguns produtores trabalham com parcelas de Cabernet Sauvignon e Merlot de altíssima qualidade.
Os vinhos de Bardolino, à beira do Lago de Garda, são tradicionalmente mais frescos, leves e menos tânicos, com toques de frutas vermelhas e aromas herbáceos, enquanto nas colinas, os Valpolicella são mais complexos, com toques de especiarias e aromas tostados, passando por uma crescente de classificações Classico, Superiore e Ripasso, este com uma segunda fermentação em barricas de Amarone.
Capitulo à parte nos tintos do Vêneto, o Amarone é um vinho sofisticado e com grande potencial de guarda, feito a partir do apassimento de uvas maduras, seguido de uma fermentação lenta e um amadurecimento final de 2 a 4 anos em garrafa, que dão a ele toques de cereja madura, frutas negras e especiarias. De igualmente rara produção, a variação de sobremesa do Amarone é batizada de Recioto, vinho complexo, de cor caramelo queimado e notas de açúcar mascavo e mel.
No campo dos brancos, temos a melhor expressão do terroir do Vêneto nas uvas Garganega e Trebbiano, que oferecem vinhos frescos e aromáticos, prontos para serem apreciados jovens. A comune de Soave desponta na região, com seu castelo medieval e um horizonte repleto de vinhedos, onde produtores tomam vantagem do solo vulcânico e da brisa fria para expressarem vinhos com ótima acidez e mineralidade. A zona de Custoza faz brancos leves com traços de frutas brancas frescas, enquanto a de Lugana faz brancos com notas de amêndoas sabor amanteigado.
Com uma produção de rosés em franca expansão, produtores têm lançado ótimos rótulos a partir de cepas como Bardolino e até Pinot Grigio, esta curiosamente adquirindo seu tom rosado pelo contato da casca da própria uva branca no mosto.
Em Treviso, tradicional pelo Prosecco, vinhedos situados em Conegliano e Valdobbiadene produzem a uva Glera, que aliada ao processo de fermentação Charmat em tanques de inox, também conhecido na Itália como Martinotti, resulta em espumantes frutados e florais. Com três variações de estilo e doçura, temos a “Brut”, mais seca e consumida, a “Extra Dry”, mais leve e adocicada e a “Dry”, com a maior concentração de açúcar.
Nossa dica é visitar a região do Vêneto no outono, que nos brinda com inesquecíveis pores do sol, temperatura amena e a oportunidade de acompanhar a época da colheita nos vinhedos.